A amortização de empréstimos: como é calculada
Tem dúvidas sobre a amortização de empréstimos e em que cenários deverá recorrer a esta cláusula contratual? Leia o artigo para tomar decisões informadas.
Abordamos:
- O que é a amortização de empréstimos? Como funciona?
- Modalidades de amortização
- Penalizações: quais são?
- Melhor altura para amortizar os meus créditos?
- E se não puder recorrer à minha poupança para amortizar, o que posso fazer?
No que concerne à Economia mundial, vivemos atualmente tempos atípicos relativamente às taxas de juros vigentes no mercado. Hoje, a euribor, taxa de juro interbancária à qual é tipicamente indexada a taxa de juro variável dos empréstimos à habitação, é negativa! Assim, especialmente tendo em conta os altos valores verificados no rescaldo da crise de 2008 e sucessiva crise de dívida soberana portuguesa, estamos perante um contexto que poderá favorecer, em particular, a realização de amortização do capital em dívida dos seus diferentes créditos.
Assim, tendo alguma poupança que não esteja alocada a nenhum investimento, deverá ponderar esta opção na medida em que poderá poupar milhares de euros e criar uma folga financeira no seu orçamento mensal pessoal ou familiar.
Neste artigo, iremos explicar no que consiste a amortização de empréstimos (ou amortização de crédito) e como é cada um dos seus principais fatores influencia a escolha do melhor momento para fazer uso desta ferramenta e qual o melhor crédito para amortizar. Por último, apresentaremos outras soluções para diminuir o custo mensal afeto às suas obrigações financeiras, sem que impliquem o uso da sua poupança.
O que é a amortização de empréstimos? Como funciona?
Primeiramente, sublinhe-se que esta modalidade se aplica a qualquer crédito que tenha contratado com o seu banco. Depois, de uma forma simples e direta, quando paga a sua prestação mensal à instituição financeira que lhe concedeu um dado crédito, seja de habitação, pessoal, entre outros, a verdade é que está a pagar duas parcelas diferentes: o capital em dívida e os juros. Assim, enquanto devolve parte do capital que lhe foi emprestado, paga também um prémio sobre esse valor, em percentagem, o juro. Nestes termos, é facilmente depreensível que se diminuir o capital em dívida, obterá um valor inferior de juros mensais e, por isso, uma prestação mensal menor e mais confortável. Isto é a amortização de um empréstimo.
Assim, existem duas modalidades de amortização previstas e reguladas pelo Banco de Portugal:
- Reembolso parcial: Esta solução aplica-se quando deseja realizar um reembolso de qualquer valor inferior ao montante em dívida. Assim, terá de notificar o seu banco com, pelo menos 7 dias de antecedência, havendo uma sucessiva obrigação por parte da instituição financeira em informá-lo acerca dos impactos desse mesmo reembolso. Deste modo, poderá obter uma das seguintes vantagens: como referido, poderá reduzir a prestação mensal ou, se quiser manter o mesmo nível de esforço financeiro, poderá ver reduzido o seu prazo de empréstimo, embora esta última opção implique uma renegociação do contrato de crédito, tendo de haver um acordo entre ambas as partes;
- Reembolso total: Solução similar à anterior, tendo apenas umas ligeiras diferenças. Primeiro o valor do reembolso é igual ao montante de capital em dívida. Depois, prazo de notificação mínimo é ligeiramente mais longo, de 10 dias. Por último, subsiste a obrigação de informar o cliente acerca dos impactos desta decisão.
Para além disso, no caso no crédito à habitação, a amortização do empréstimo também tem impacto nos produtos conexos, como o seguro vida, que é obrigatório com este tipo de produtos financeiros. Assim, recorrendo a esta ferramenta, também conseguirá poupar valores significativos nas prestações do seguro, que tendem a aumentar com a passagem do tempo.
A amortização de empréstimos é muito penalizadora?
Não! Embora possam haver comissões associadas ao montante a reembolsar, estas são indexadas pelo Banco de Portugal e apresentam valores muito baixos face ao valor da amortização realizada. Assim, para contratos que contemplem uma taxa de juro variável, a comissão máxima é de 0,5%, ao passo que para contratos com uma taxa de juro fixa é de 2%. Numericamente, por cada 1000 euros de amortização poderá pagar no máximo até 5 euros ou 20 euros, respetivamente.
Qual a melhor altura para amortizar os meus créditos?
A melhor altura para amortizar os seus créditos depende não só da conjuntura económico-financeira, como também de fatores pessoais concretos. Deixamos então duas das características mais relevantes a ter em conta no momento da decisão:
- Taxa de juro: Sendo esta uma variável fulcral de qualquer crédito, deverá diferenciar o seu modo de ação conforme esta estiver mais alta ou baixa:
- Alta: Tal como acima mencionado, para o caso dos créditos contraídos num contexto de altas taxas de juro, o impacto da amortização em produtos financeiros com prazos mais longos será bastante significativo, como o crédito à habitação;
- Baixa: nesta situação, o impacto na sua poupança será, em princípio, maior se amortizar créditos com prazos inferiores, mas com taxas de juro mais altas, como é o caso do crédito automóvel;
- Custo de oportunidade: Se conseguir aplicar a sua poupança numa aplicação financeira ou negócio cuja taxa de retorno seja superior à taxa de juro dos seus créditos, então amortizar não será a melhor escolha económica, mas sim continuar a afetar a poupança nessa aplicação.
Assim, ficam claras as vantagens de recorrer a esta ferramenta, assim como a simplicidade do processo e o seu custo reduzido. Na Credilink contamos com especialistas nas diferentes soluções crédito, conseguindo antecipar e enquadrar os diferentes cenários possíveis, como a amortização de empréstimo, no momento da análise e escolha da melhor solução de financiamento para o seu caso!
E se não puder recorrer à minha poupança para amortizar, o que posso fazer?
Apesar das suas claras vantagens, existem mais soluções que lhe permitem baixar a sua prestação mensal sem ter de recorrer às suas poupanças. Veja-se então duas destas opções:
- Transferência de crédito: se tiver o seu crédito à habitação com taxas de juro mais altas às praticadas hoje, poderá alterar o seu banco financiador, obtendo as vantajosas condições de mercado atuais. Naturalmente que, desta maneira, a sua prestação mensal irá tornar-se mais baixa e acessível;
- Consolidação de crédito: caso tenha diferentes tipos de crédito, como um crédito automóvel e dois cartões de crédito, a consolidação poderá ser o ideal para si. Com esta solução, passará a agregar numa única prestação todas as suas obrigações financeiras e, verificando-se algumas condições, conseguirá obter prestações mais baixas para cada um dos seus empréstimo.
A Credilink presta serviços especializados nestas duas modalidades, conseguindo apresentar-lhe as melhores propostas do mercado na transferência e consolidação de crédito. Por último, destacamos que este apoio é completamente gratuito para si!